História de Vila Pavão
A construção da ponte sobre o Rio Doce, em Colatina, e a abertura da estrada que liga Nova Venécia a Vila Pavão, em 1940, foram as obras que desencadearam o povoamento e a colonização do município. Os tropeiros e caminhoneiros faziam divulgação "das terras quentes" aos imigrantes pomeranos e italianos no Sul do Estado e nas regiões de limite com Minas Gerais. Foi isso que atraiu grande número de descendentes pomeranos e alguns italianos para o local.
A Pomerânia era uma das 38 províncias pertencentes à antiga Prússia. Com a Segunda Guerra Mundial, foi riscada do mapa e seu território anexado à Polônia.
O município de Vila Pavão foi emancipado de Nova Venécia no dia 01 de julho de 1990 (dia do plebiscito, também considerado o "Dia da Cidade"). O município foi colonizado na década de 1920 por caboclos que fugiam da seca do sertão, madeireiros e depois de 1940, quando chegaram algumas famílias de descendência afro, italianas e a maioria pomerana. O nome "Vila Pavão" foi colocado por tropeiros que pernoitavam na única casa do "pavão" existente na encruzilhada onde hoje fica o centro da cidade, que tinha em sua varanda o desenho dessa ave.
Vila Pavão tem hoje aproximadamente 9.000 habitantes, dos quais 78% residem na zona rural, dando destaque à sua agricultura familiar, com lindas elevações de granito denominadas "pedras", que fazem da região uma das mais lindas do Brasil. Granito que também faz de Vila Pavão uma das maiores jazidas deste produto no Brasil.
Vila Pavão vista do alto da Pedra do Cruzeiro
Cultura
POMITAFRO
Pomeranos, italianos e africanos, a miscigenação de raças que gerou a cultura de Vila Pavão. A Pomitafro é o maior evento de integração étnico-cultural do Brasil. Considerada hoje também a "Festa da Cidade", a Pomitafro foi criada pelos professores do Centro de Integração de Educação Rural /CIER em 1989. A Pomitafro saiu das iniciais de POMeranos, ITAlianos e aFROs, principais colonizadores do município e que visa resgatar a identidade histórica e cultural do povo capixaba.
Todos os anos, durante a Pomitafro, as casas de Vila Pavão são enfeitadas para movimentar a cultura capixaba, onde participam dezenas de grupos étnicos vindos de diversas partes do Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais. Grupos musicais, danças folclóricas, desfiles de rainhas (pomerana, italiana e afro) fazem parte do "caldeirão cultural".
A "Pomitafro em Sala de Aula", passeios de charrete, exposição de objetos antigos, trabalhos escolares, artesanatos e produtos da agricultura familiar são outras atrações do evento.